O sarapatel é um prato típico muito popular na região nordeste, principalmente nos estados de Pernambuco e Ceará.

Do porco, é possível aproveitar várias partes tais como, lombo, costela, pernil, pé, barriga, joelho, filé, pá, dentre outras. O presunto, por exemplo, é feito com o pernil do animal. Além disso, com o sangue, as tripas e o fígado, em Portugal pode-se fazer uma receita chamada de Sarrabulho, trazida da Índia pelos português com adaptações, (na época, haviam colônias portuguesas na Índia). No prato asiático ocorre o acréscimo de temperos e não de sangue.

A receita também pode ser feita com as miudezas de cabrito, carne de borrego e de outros animais. Foi desse prato que surgiu o sarapatel.

De acordo com o estado ou país em que é produzido, existem várias receitas dessa comida típica tais como sarapatel baiano, sarapatel de boi, sarapatel de bode, sarapatel de frango, sarapatel de carneiro, sarapatel cuiabano, etc.

História do Sarapatel

Com a colonização do Brasil, os portugueses trouxeram o curral, a horta e o quintal, assim como plantas diversas, como os coqueiros, limão, laranja, cidra, arroz, salsa, espinafre e também animais como o porco, o ganso, o pato, dentre outros.

O porco rosa, chegou ao país já domesticado. Sendo um animal muito mais atraente do que os outros por ter sua carne macia, gorda e nova. Além disso, ele produzia mais filhotes do que a maioria dos outros animais, sendo uma vantagem econômica e eficaz para a criação deles. Por isso, o cardápio do português era formado por carne de porco e seus derivados. Para muitos, o porco era uma comida proibida, de acordo com a religião, para outros um animal puro que trazia ao povo um momento de confraternização, visto que, quando uma pessoa fazia receitas com ele, em Portugal, era costume convidar seus amigos. A receita de sarapatel chegou ao Brasil através dos portugueses.

Carne de Porco na Antiguidade

O passado da carne de porco é turbulento, ora os pratos com o animal faziam sucesso, ora seu consumo era proibido. Na antiguidade, os egípcios consideravam o animal transmissor da lepra e outros parasitas, por isso, era considerado um animal impuro. Os judeus também acreditavam que o porco era considerado impuro, de acordo com relatos bíblicos.

Para os romanos e gregos, um leitão era um ótimo prato em banquetes e também dedicado aos deuses gregos, em sacrifício. Na Idade Média, o porco ainda era muito privilegiado pelos reis e consumidos em grandes banquetes. Em outras culturas, indicava fartura e riqueza. Porém, nos dias atuais, irá depender das crenças individuais ou de determinado país consumir carne de porco ou suas outras partes. Mas, uma recomendação feita pelo Ministério da Saúde sobre o consumo da carne é que ela deve ser comprada em locais confiáveis, além de ser bem limpa e bem frita.