Domesticar animais sempre foi prática costumeira na vida dos seres humanos. O desafio de criar animais selvagens instigava os homens que sempre buscaram mais contato com eles.
Criou-se intimidade com os antigos cães ferozes que viraram o melhor amigo do homem. Domesticaram os ariscos felinos, que se transformaram em pets super carinhosos. A aproximação com as galinhas também ocorreu e se intensificou logo após os humanos descobrirem que sua carne era saborosíssima.
Originárias do extremo Oriente, mais precisamente da Índia, as galinhas são criadas há mais ou menos 4 mil anos. Vertebradas, de sangue quente, com alto índice metabólico (seu batimento cardíaco é de 300 vezes por minuto), ovíparas e com o corpo coberto de plumas, a galinha (Gallus Bankiva ou Gallus Gallus) é a mais famosa ave do planeta e movimenta um crescente mercado alimentício em todo o mundo.
Muito resistentes, rústicas e adaptáveis facilmente ao clima, as galinhas caipiras não precisam de cuidados especiais e dispensa grandes investimentos. Só não atrai tanto os grandes produtores porque põem poucos ovos e chocam por muito tempo. Desvantagem ao proprietário que deseja muito volume de ovos e animais gordos em um curto espaço de tempo.
Pensar em fazenda e não se lembrar das galinhas ciscando é praticamente impossível. Também é improvável não relacionar os almoços de domingo com a galinhada caipira da vovó, que tinha aquele gostinho característico de comida do interior e que até parecia um franguinho diferente daqueles que todo o mundo está acostumado a comprar no mercado.
Realmente a galinha caipira da vovó é completamente diferente dos gordos frangos que os mercados oferecem. Isso porque a galinha caipira e a galinha de granja, apesar das semelhanças físicas, tem diferenças na genética e na criação.
Na verdade, a galinha caipira da vovó, leva, no mínimo, 2 meses para ser abatida. Já o frango do mercado viveu pouco mais de um mês. Sabe por quê? Porque os frangos de granja são criados para serem consumidos o quanto antes e, por isso, são incluídos na dieta desses animais diversos hormônios, aminoácidos e antibióticos acrescidos na ração para que engordem mais rápido. A galinha caipira, por sua vez, cresce naturalmente, comendo desde capim e insetos até frutas e vegetais diversos.
Outro ponto importante é a raça. Qualquer galinha criada solta é considerada caipira; porém, há raças mais aptas e que dão melhor carne e ovos caipiras. Essas aves costumam ser de raça rústica e pura como a francesa Label Rouge, a americana New Hampshire, a carijó norte-americana Plymouth Rock-Barrada e a de crista serrilhada Rhodes.
Essas galinhas são de raça pura, mas nada impede que galinhas meio-sangue tenham boa carne e botem ovos qualificados também. Preservar a raça não é o mais importante. Deixar a galinha alimentar-se e desenvolver-se a seu tempo é o ponto chave e a maior diferença das galinhas de corte para as galinhas caipiras. Há ainda as galinhas orgânicas. Essas, muito parecidas em criação com as caipiras; porém, tem alimentação mais rígida, comendo apenas alimentos orgânicos e grãos. Se doentes, são tratadas com medicina alternativa como os florais de bach e a homeopatia.
Mesmo que as galinhas caipiras tenham uma vida mais livre, elas não devem ficar soltas o tempo todo. Isso porque, como todos os animais, elas são alvo de predadores e também precisam de lugar seguro para dormir e pôr seus ovos. Mesmo que tenham poucas galinhas, é necessário abrigá-las à noite, em um pequeno galpão coberto com água e comida disponível e um lugar adequado para abrigar os ovos. O tamanho e o manejo dependem do objetivo final dessa criação, se é para simples sustento familiar ou venda com obtenção de lucros. A EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) criou um núcleo de multiplicação de galinhas caipiras com o objetivo de ampliar a produtividade dos ovos e engorda das galinhas caipiras que por natureza, são mais magras e põem menos ovos.
Passo 1 - O galpão deve ser construído no sentido leste/oeste; assim, evita-se a exposição direta do sol no calor e favorece temperaturas mais altas em tempos frios. A estrutura pode ser feita de acordo com o material que o proprietário dispuser, como estacas, madeiras, palha e demais itens. Não é necessário muito luxo; o importante mesmo é que o acesso à água e alimentos seja fácil, que o local seja higiênico e ofereça proteção aos bichos, impedindo a entrada de predadores. É primordial também que o lugar tenha temperatura e umidade favorável à criação dos animais.
Passo 2 - Esse piso deve ser revestido de maneira homogênea com materiais como serragem, palha, e sabugo de milho triturado. Esse piso é a famosa cama de frango. Quando a cama for substituída ou removida, deve-se fazer a desinfecção com cal virgem. Os locais de incubação e cria não devem ter área de pasto.
Passo 3 - Já é a hora da reprodução? As subdivisões nas instalações ajudarão e muito na preservação dos ovos, que quebram com muita facilidade. Na fase de postura, as galinhas ficam em regime semiaberto, se alimentando em calhas e tomando água em bebedouro de pressão.
Quando estão chocando, o regime é fechado. Elas podem chocar sozinhas seus próprios ovos ou em chocadeiras automatizadas.
Independente do tamanho de sua criação de galinhas, é importantíssimo fazer a higienização correta dentro e fora do galpão.
- Deixar o galpão vazio por, no mínimo, 15 dias após a desinfecção.
- Aplicar todas as vacinas necessárias.
- Não guardar restos de cama da criação anterior.
- Incinerar as galinhas mortas.
- Controlar animais como roedores e insetos das instalações.
- Pulverizar formol nas instalações.
- Recolher entulhos.
- Retirar toda a cama antiga.
- Realizar, se necessário, uma caiação.
- Desinfetar todo o equipamento.
A diferença real não está no ovo, mas sim na galinha! Isso porque as diferenças entre um e outro são apenas físicas, pois nutricionalmente eles são iguais. A casca do ovo caipira é mais grossa, tem gema mais escura, beirando um alaranjado forte, por conter mais ferro e em dimensão, 30% menores. Por outro lado, os ovos de granja são bem maiores, de casca mais resistente e sua gema é de tom amarelo claro.
A razão para a disparidade está na criação e reflete o objetivo de cada criador. As galinhas caipiras não foram estimuladas a botar muitos ovos e tiveram o tempo correto para a formação deles, diferentemente dos frangos de granja, que são criados em confinamento, recebendo luz artificial ao longo de toda sua vida e assim, induzidos artificialmente a produzir mais ovos que o normal.
A média de ovos postos pelas caipiras é de 80 por ano, ficando atrás das de granja, que põem 300 ovos anualmente.Tais diferenças são reflexo da alimentação variada que as galinhas caipira (menos gordas) consomem. Ciscando para lá e para cá, elas têm em seu cardápio alimentos como capim, grãos de milho,frutas, verduras e diversas larvas. Desvantagem das granjeiras, que só comem ração (balanceada com ingredientes que não afetam a saúde humana).
Já a coloração do ovo de uma e outra só depende da raça da galinha. É só se lembrar dos belos canários, que põem ovos azulados. Já as codornas botam ovos pintadinhos. É a raça a grande influencia da coloração dos ovos.
Ingredientes
⇒ 2 kg de galinha caipira em pedaços;
⇒ 1 litro de água fervente;
⇒ 3 colheres de sopa de vinagre;
⇒ 3 colheres de sopa de óleo;
⇒ 5 dentes de alho amassados;
⇒ 1 cebola grande picada em cubinhos;
⇒ 1 colher de sopa de colorau;
⇒ 3 folhas de hortelã;
⇒ 5 folhas de alfavaca ou manjericão;
⇒ Sal a gosto;
⇒ 1 litro de água fervente (para cozimento);
⇒ ½ quilo de mandioca cozida e em pedaços.
Preparo
Ingredientes
⇒1 frango inteiro;
⇒ 1 limão;
⇒ 2 dentes de alho;
⇒ 2 folhas de louro;
⇒ 3 colheres de sopa de manteiga;
⇒ 1 cebola grande;
⇒ 1 colher de sobremesa de sal;
⇒ 2 colheres de chá de pimenta do reino (de preferência moída na hora);
⇒ ½ xícara de cerveja para regar.
Através dessa deliciosa receita de frango assado, é possível preparar um apetitoso frango com perfeição.
Ingredientes
⇒ 1 galinha caipira média em pedaços;
⇒ 2 cebolas bem picadas;
⇒ ½ pimentão vermelho e ½ pimentão verde;
⇒ 2 tomates maduros grandes e picados;
⇒ 1 maço de cheiro verde;
⇒ 6 dentes de alho amassados;
⇒ Molho inglês a gosto;
⇒ Shoyu;
⇒ Glutamato Monossódico (os famosos temperos em caldo);
⇒ 2 colheres de sopa de óleo;
⇒ 1 colher de sopa de manteiga ou margarina;
⇒ Pimenta do reino, limão e sal a gosto.
Preparo